segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Na prática: Lei Maria da Penha e o machismo

A Lei Maria da Penha teve dois grandes méritos: retirar a violência do âmbito doméstico e categorizar os vários tipos de violência.
Ao retirar a violência do âmbito doméstico, a Lei mostrou que a violência antes velada entre quatro paredes, mas conhecida por todos ao redor, passa a ser responsabilidade do setor público com necessidade de uma rede de atendimento que realmente funcione para que as mulheres parem de ser agredidas e não sejam mortas.
Ao categorizar os tipos de violência, além da física, em emocional ou psicológica, moral, sexual e patrimonial, a Lei possibilita que as mulheres possam prestar queixas por todo e qualquer tipo de violência que sofram, inibindo a violência e promovendo a punição do agressor.
No entanto, mesmo sendo uma das melhores legislações de combate à violência do mundo e tendo salvado muitas mulheres, a Lei precisa ainda ser incorporada na sociedade brasileira de forma a considerar o homem agressor como criminoso e não apenas como um covarde qualquer.
Nas atividades realizadas pela Associação Maria do Ingá Direitos da Mulher, carinhosamente chamada de ONG Maria do Ingá, depara-se com mulheres que sofrem ou sofreram em seu cotidiano, por anos, de violência de todos os tipos. Libertas e se sentindo seguras, essas mulheres relatam emocionadas as experiências vividas e como isso as impediu de terem uma vida plena, digna e feliz. Na vida real, as mulheres ainda se sentem sozinhas e com medo para tomar atitudes em sua própria defesa.
Fatores complicadores na vida dessas mulheres envolvem as famílias e as religiões. Muitas famílias por não querer se intrometer na vida do casal, assistem passivamente a toda sorte de agressões, torcendo para que um dia tudo se resolva.
As religiões, em sua maioria, pregam a obediência e submissão das mulheres e pedem oração para que o homem deixe de agir de forma violenta. As orações são sempre bem vindas, no entanto, não se pode permitir que uma mulher seja espancada, humilhada e caluniada sem que se tomem medidas legais e protetivas.
Nessa questão, os líderes religiosos tem um papel importante pois cuidam da espiritualidade de seus fiéis e podem contribuir com a rede de atendimento as mulheres em situação de violência e proporcionar força para que as mulheres resolvam a situação para seu bem e de crianças que sofrem, também, com a violência doméstica.
Na prática não é fácil. Os relatos são tristes, as vidas das mulheres são marcadas e essas marcas deixam sequelas difíceis de serem curadas.
Na prática, as mulheres em situação de violência são impedidas de viver em plenitude.
Na prática, o machismo está impregnado em nossa sociedade e possui aliados tanto declarados como silenciosos que impactam no combate à violência contra a mulher. Portanto, para ser efetiva, a Lei Maria da Penha necessita, também, da parceria no combate ao machismo que se sente dono da alma e do corpo da mulher e que faz com que o agressor se sinta à vontade para cometer a violência.
A Lei e a mudança cultural contribuirão para o combate sistemático à violência contra a mulher e então, nesse tempo, nossas mulheres poderão fazer relatos de suas vida em plenitude.
 
Artigo publicado por Tania Tait em www.taniatait.com.br, de 23/08/2019

Palestra com moradoras do Conjunto Itaparica em Maringá




Na tarde de 26/08, as integrantes da ONG Maria do Ingá, professora Maria Madalena Dias e a advogada Andréia Monteiro estiverem no Salão Comunitário Sergio Salle Luque (Conjunto Itaparica) para falar sobre violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha para mulheres da comunidade. As mulheres participaram ativamente e fizeram questionamentos sobre a Lei Maria da Penha.

ONG em Roda de Conversa em Iguatemi


A convite da psicóloga Michele Rosa, a ONG, por meio da professora Tania Tait esteve realizando roda de conversa sobre violência contra a mulher com moradoras de Iguatemi, no dia 22 de agosto.
Na roda foram tratados os tipos de violência e o impacto na vida das mulheres.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Ong na Semana de Prevenção de Acidentes do Hospital Metropolitano de Sarandi


A ong Maria do Ingá esteve na Semana de Prevenção de Acidentes do Hospital Metropolitano de Sarandi com a palestra Violência contra a Mulher proferida pela coordenadora da Ong Professora Tania Tait. A advogada Andreia Monteiro e a assistente social Ilda Rocha (do HM), ambas da Ong participaram das palestras. Foram 3 palestras para os tres turnos.
As palestras são sempre um aprendizado e uma emoção que nos aquece e fortalece em defesa dos direitos das mulheres e na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Ouvimos muitas histórias, muitos depoimentos de violência e de superação e muitos corações abertos em nossos eventos, o que nos leva a fortalecer nossa luta e termos a convicção do caminho a seguir para o basta à violência contra a mulher.   
 Parabéns a equipe do Sipat pela organização do evento. A ong agradece a oportunidade e o aprendizado pelo compartilhamento com o público presente, pela troca de experiências.












terça-feira, 20 de agosto de 2019

Roda de Conversa Dificuldades na aplicação da Lei Maria da Penha

A ONG Maria do Ingá realiza sua quarta Roda de Conversa sobre violência contra a mulher. Nesse ano, o tema é "Dificuldades na aplicação da Lei Maria da Penha".
Confirmadas as presenças da Delegada da Mulher Dra Luana Louzada Pereira Lopes, da Secretária da Mulher Claudia Palomares, da Promotora Dra. Carla Cristina Castner Martins, do Juiz da 5 Vara da violência Doméstica Dr. Jaime Souza Pinto Sampaio e da Profa Dra Crishna Correa, coordenadora do Numape-UEM. 
A roda de conversa será dia 28/08 as 19h30 no Auditório do Sinteemar. O evento tem parceria com a UEM para emissão de certificados.


quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Ong participará da Assembléia Pública do Conselho da Mulher para gestão 2020-2021


O Conselho Municipal da Mulher de Maringá (CMMM), por meio da Secretaria da Mulher, convoca para  recomposição do Conselho para a gestão 2020-2021. As inscrições devem ser realizadas até o dia 25 de agosto de 2019.

Informações estão no site: 
http://www2.maringa.pr.gov.br/conferencia/?cod=cmmm

A assembléia pública será realizada no dia 28/09/2019, a partir das 8h30 no Auditório Hélio Moreira e contará com palestra da Professora Drª Carla Almeida  - UEM com o tema "A importância dos Conselhos Municipais e as Políticas Públicas". Na assembléia pública as entidades inscritas irão oficializar suas representatividades no CMMM.

A Ong Maria do Ingá participará do processo para a composição da nova gestão do CMMM com a indicação da advogada Ana Carla Tait Romancini como titular e a estudante de enfermagem Jessica Magno como suplente. 





Ong realiza PIC NIC de confraternização

"NÁO IMAGINEM QUE SEJA PRECISO SER TRISTE PARA SER MILITANTE MESMO QUE O QUE SE COMBATA SEJA ABOMINÁVEL".

Com a frase de Michel Foucalt em mente, a equipe da ong Maria do Ingá realizou um piquenique para confraternizar entre as integrantes da ONG e convidadas. O evento aconteceu no Parque Alfredo Nyffler, no dia 10 de agosto. Além de conversar e saborear um lanche delicioso, foram realizadas duas dinâmicas para auto-conhecimento por parte das participantes.

Intitulado PIC NIC da Ong Maria do Ingá, a idéia foi de confraternizar entre as integrantes e suas convidadas e fortalecer para a luta pelos direitos, em especial a defesa dos direitos das mulheres.

Dentre as convidadas estavam a professora Eva Santos, Presidente do Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques e as professoras Luciana Martiminiano e Valeria Feltrin do Grupo Conectadas da UEM.
Veja a seguir a chamada para o evento bem como as fotos.







Coordenadora da ONG fala na Tribuna da Câmara de Vereadores

No dia 06 de agosto, a coordenadora da ONG Maria do Ingá, professora Tania Tait fez uso da tribuna da Câmara Municipal de Maringá, como Presidente do Conselho da Mulher de Maringá, a convite dos vereadores Carlos Mariucci e Mario Hossokawa para falar sobre a Lei Maria da Penha que completou 13 anos no dia 07 de agosto. 
Em sua apresentação, a professora ressaltou a necessidade de que sejam tomadas medidas importantes como: aumento do número das delegacias da mulher e do efetivo, aumento do orçamento das secretarias da mulher e órgãos de atendimento às mulheres em situação de violência, qualificação dos profissionais com vistas a atendimento humanizado, IML 24 horas e com médicas mulheres para registro das lesões, delegacias da mulher funcionando 24 horas e nos finais de semana e feriado. Essas medidas são algumas das ações solicitadas pelo movimento feminista, pelo movimento organizado de mulheres e por autoridades vinculados ao combate à violência contra a mulher. Junte-se a essas solicitações, a necessidade de uma mudança cultural em que o machismo deixe de existir pois a ele são atribuídos os crimes de violência cometidos contra as mulheres, de acordo com Tania.
Estiveram presentes as integrantes da ONG, Maria Madalena Dias (Presidente do Forum Maringaense de Mulheres) e Sonia Versari (representando a ONG) e a Gerente de Igualdade Racial Cleuza Theodoro.











terça-feira, 6 de agosto de 2019

Representação da ONG Maria do Ingá na 16. Conferência Nacional de Saúde






Valquiria Francisco, secretária da ONG Maria do Ingá -Direitos da Mulher é delegada pelo Estado do Paraná, representando a ONG, na 16a Conferência Nacional de Saúde (8a+8) Democracia e Saúde. Considerada o maior evento de participação social do Brasil a conferência está sendo realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, de 04 a 07 de agosto e tem como objetivo   debater e deliberar melhorias voltadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de cinco mil pessoas participam da conferência representando todos os Estados brasileiros.
O símbolo "(8a+8)" remete a 8a Conferência Nacional de Saúde que foi o marco da criação do SUS. De acordo com Valquiria: "hoje com as políticas do atual governo temos que lutar para que o SUS seja mantido com o financiamento adequado às políticas de saúde Pública de qualidade, igualitária e universal."

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Mulheres acompanham o Plano Diretor de Maringá

A coordenadora da ONG Maria do Ingá, professora Tania Tait participou da primeira reunião do Grupo de Acompanhamento do Plano Diretor de Maringá. A Professora representa o Conselho Municipal da Mulher como titular  no grupo junto com a professora Cristina Gabriel de suplente.
O Plano Diretor é um espaço importante para discussão e propostas de ação sobre o que se deseja para a cidade. Maringá tem previsão de aumento de 70.000 pessoas em sua população para a  próxima década e necessita de uma análise de seu plano diretor. A cidade deve ser sustentável, respeitar o meio ambiente, ser inteligente e inclusiva. Ao ser inclusiva deve englobar seus moradores mulheres, negros, indígenas, portadores de deficiência e outros que porventura aqui se estabeleçam.
É um grande desafio para as mulheres participar desse debate protagonizado por uma maioria de homens, brancos e de posses. Nesse sentido, o olhar das mulheres se torna relevante para que a inclusão seja realmente efetivada no espaço da vida na cidade.

Foto: Tania Tait e Cristina Gabril na reunião de 05/08/2019