A História das Mulheres no Brasil
é marcada pela exclusão. Não as encontramos nos livros de História, a não ser,
em sua maioria, retratadas como a “mulher de” algum herói ou anti-herói
nacional. Mesmo as mulheres da camada social de mais renda, sempre foram
colocadas em segundo plano.
Comecemos com a chegada dos
portugueses no Brasil. Aqui os portugueses encontraram os povos indígenas com
sua cultura, incluindo as vestimentas, muito diferente dos europeus. Narra a
História que os indígenas ao não suportar a dominação dos portugueses foram se
embrenhando pelo interior do Brasil. Entretanto, os portugueses em terras
brasileiras tomaram para si muitas mulheres indígenas à custa de estupros e violações.
Para celebração de casamentos e
para a satisfação sexual masculina apregoada pelos portugueses radicados no
Brasil, importaram-se mulheres européias de dois perfis: as moças consideradas
casadoiras e de respeito e as moças prostitutas. Assim, reproduziu-se nas novas
terras, a mesma situação vivida pelas mulheres: de reprodução dos papéis
sexuais atribuídos a elas.
Posteriormente, o Brasil entrou
em sintonia com a onda econômica mundial e implantou a escravidão no país, com
a compra de negros e negras africanos para atuar na lavoura, nas residências,
no comércio e serviços em geral. Pessoas roubadas de suas terras, separadas de
suas famílias, tratadas como se não fossem seres humanos vieram se somar a
população brasileira.
A escravidão que envergonha nossa
nação trouxe consigo, também, o sofrimento de mulheres que separadas de suas
famílias eram usadas, também, como escravas sexuais por aqueles que as
compravam, muitas vezes, com a conivência e silêncio de autoridades e das
igrejas. Estupros e agressões fazem parte dessa triste história.
Com a libertação dos escravos que
os empurrou para as cidades, sem condições de saúde, moradia ou educação, o
Brasil trouxe imigrantes europeus e asiáticos para atuar nas fazendas e no
comércio, no lugar dos antigos escravizados.
As famílias de imigrantes, ao
contrário das famílias escravizadas, ficavam unidas e todos trabalhavam nas
lavouras. Destaca-se aqui o trabalho árduo e não reconhecido das mulheres
camponesas, tanto no campo como nas casas, muitas vezes, sujeitas a violência
doméstica.
No final do século 19 e início do
século 20, as mulheres começaram a participar da vida política do país. Mas a
despeito dessa participação, o voto foi dado as mulheres apenas em 1932, após
muita luta em nível mundial.
A luta das mulheres pelo voto
mostra todas as faces de discriminação da mulher. Sugerimos que assistam o
filme As sufragistas que conta a história da luta pelo voto na Inglaterra e
como como esta luta está vinculado a desigualdade de gênero tanto nas relações
familiares como no mundo do trabalho.
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