segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Nenhuma a menos. Basta!!!!!!!

Sábado ocorreu o ato repudiando o feminicídio.
Nunca vi uma manifestação reunir tantas pessoas aqui em Maringá. Foi lindo, foi emocionante, foi um momento de luta, de indignação, de união e de esperança. Foram muitos sentimentos ao mesmo tempo.
Não podemos esquecer que a cada 02 horas uma mulher é morta no Brasil. Que o Brasil é o 5° pais com a maior taxa de feminicídio no mundo todo.
Mulheres são abusadas sexualmente por desconhecidos, por seus parceiros, por familiares, na rua, em casa, no rolê e até na igreja.
Mulheres são agredidas a todo minuto. São humilhadas, são menosprezadas. São desqualificadas e silenciadas, em casa, no trabalho e na rua.
Só pela manhã, eu soube de 02 mulheres da região que foram vítimas de feminicídio (nas últimas 24 horas).
Somos taxadas de loucas, grossas, exageradas, histéricas, quando discordamos e quando erguemos a voz, quando somos assertivas e quando opinamos.
Contudo, temos que continuar cobrando por políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência contra a mulher, temos que continuar exigindo das autoridades maior efetividade no cumprimento das leis. Homens não podem mais achar que não serão punidos por seus atos. Temos que continuar fazendo barulho, sim.
E, acima de tudo, temos que investir em educação, em informação, em conscientização, tanto para as mulheres se fortalecerem e denunciarem as agressões e os agressores, quanto para homens aprenderem que não somos objetos e que eles não são nossos donos. Eles não tem o direito de fazer o que bem entenderem com as mulheres.
Temos que fortalecer o movimento, e nos unir cada vez mais, não podemos mais nos calar, nem nos intimidar.
Homens, respeitem a vontade das mulheres, os corpos, o espaço. Temos o direito de sermos livres, de ir e vir em paz, sem medo.
Nenhuma a menos. Basta!!!!!!!

Texto escrito pela advogada Ana Carla Tait Romancini, pós-graduada em Direito Civil, Processual Civil e Direito do trabalhoUniversidade Candido Mendes), voluntária na Ong Maria do Ingá Direitos da Mulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário