O indíce de violência contra a mulher tem aumentado em todo
o mundo. Governos buscam iniciativas para coibir esse tipo de violência e
proteger as mulheres. Alguns governos,
como no caso da Paraíba vão lançar um material voltado para as mulheres sobre como
se proteger e onde procurar ajuda.
Toda iniciativa é válida, no entanto, enquanto a justiça não
for mais rigorosa e os assassinos, estrupadores e homens que batem em mulheres
não forem rigorosamente punidos, a violência continuará assombrando as mulheres.
A Lei Maria da Penha, promulgada em 2006 e que trouxe
esperança para as mulheres deve ser efetivamente implantada com uma forte
integração entre os órgãos de apoio às mulheres vítimas de violência, a polícia
e o sistema judiciário.
Se um destes sistemas falha, a vida da mulher corre risco.
Se o assassino de mulheres não é tratado como assassino que é, a impunidade faz
gerar mais violência. Casos como o do ex-marido que invadiu o salão de beleza e matou a ex-mulher, o outro que
invadiu uma loja no shopping e matou a ex-mulher, o que esperou a mulher no
ponto de ônibus e a esfaqueou são exemplos de premeditação nos quais os
assassinos foram ao local de trabalho de suas ex-mulheres, armados e com
intenção de matar.
O assassinato de mulher deve ser tratado como os demais
assassinatos, pois tira a vida das pessoas. Ao invés de cuidar de sua vida, o
assassino interrompe a vida da mulher,
muitas vezes mãe de seus filhos.
Inclusive, há casos em que o assassino já está casado com outra mulher e
ainda sim persegue a ex-mulher.
E ainda os advogados de defesa alegam que o assassino estava
sob forte emoção e amava tanto que perdeu o controle.
Ao que retrucamos, quem ama de verdade não mata, respeita, é
parceiro, valoriza, sabe respeitar o espaço da outra pessoa e, mesmo,
separados, sabe respeitar a pessoa que escolhera para viver juntos.